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domingo, 13 de junho de 2010

[...]Não perguntou nenhum dia por ti,
Não nasceu só pra ti,para ti somente...com seus graves circuitos de primavera azul.
a extensão dos gritos do mundo, o desenvolver dos germes frios que tremem na terra.[...]
[...]Sorrir.existem risos já destroçados pelo sangue que esperam dentes de extermínio
e mascaras de confusa matéria e rostos ocos de pólvora perpétua,
e os fantasmas sem nome,e os obscuros escondidos, os que nunca saíram de sua cama de
escombros.
Todos te esperam para passar a noite. Enchem os corredores com algas corrompidas.
São nossos, foram nosso carne, nossa saúde, nossa paz de ferrarias, nosso oceano de ar e pulmões.
Através deles as terras secas floresciam. Agora, mais além da terra, feitos substâncias destruídas, matéria assassinada,  farinha morta, te esperam em teu inferno.
Como o agudo espanto ou a dor se consomem, nem espanto nem dor te aguardam.
Só e maldito seja, só e desperto estejas com todos os mortos, que o sangue caia sobre ti como uma chuva, e que um agonizante rio de olhos cortados resvale e te percorra olhando-te para sempre.[...]

1 comentários:

Letícia Nunes 21 de junho de 2010 às 03:15  

Filha de peixe, peixinha....
Lindo Blog Claudinha! Parabéns.
Profundo e fofinho como vc! Beijos

 
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